Começo por uma declaração de interesses: sou fã confesso dos Simpsons. E de todas as suas fantásticas personagens, o Nelson é uma das minhas favoritas. O Nelson é o bully que só deseja ser amado, mas como lhe faltam as competências necessárias à geração desse amor, fruto do contexto familiar em que nasceu, é incapaz de permanecer numa condição que permita que gostem dele, sendo um permanente agente do mal. Assim está Paulo Silva. Não dispondo da humanidade do Eufrázio Filipe, da bonomia do Alfredo Monteiro ou do rigor do Joaquim Santos, Paulo Silva encontra-se num ambiente que não é o seu, a ter de ser o líder que ninguém pediu e o chefe que ninguém ama particularmente. Acossado, atira-se para a frente, adotando o caminho fácil do mais baixo confronto político, usando-se que truques baratos como o What about? e atacando a índole dos adversários, por não ser capaz nem de defender a sua dama nem de encontrar falhas ou fraquezas nos projetos políticos dos seus adversários. É uma cont...
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