Tomás Santos - Paulo "Nelson" Silva

Começo por uma declaração de interesses: sou fã confesso dos Simpsons. E de todas as suas fantásticas personagens, o Nelson é uma das minhas favoritas. 

O Nelson é o bully que só deseja ser amado, mas como lhe faltam as competências necessárias à geração desse amor, fruto do contexto familiar em que nasceu, é incapaz de permanecer numa condição que permita que gostem dele, sendo um permanente agente do mal.

Assim está Paulo Silva. Não dispondo da humanidade do Eufrázio Filipe, da bonomia do Alfredo Monteiro ou do rigor do Joaquim Santos, Paulo Silva encontra-se num ambiente que não é o seu, a ter de ser o líder que ninguém pediu e o chefe que ninguém ama particularmente.


Acossado, atira-se para a frente, adotando o caminho fácil do mais baixo confronto político, usando-se que truques baratos como o What about? e atacando a índole dos adversários, por não ser capaz nem de defender a sua dama nem de encontrar falhas ou fraquezas nos projetos políticos dos seus adversários.

É uma contradição em forma de ser humano: só queria ser amado e arrisca-se a ficar na história do Município do Seixal como o seu Presidente menos popular e menos querido e, ainda mais desesperante para ele, o homem que fez a CDU perder o poder no nosso concelho, ao qual se tem vindo a agarrar tão ferozmente nos últimos anos.

Mas como o Partido Socialista é um partido profundamente humanista e que está sempre ao lado dos mais desfavorecidos, queremos daqui enviar-lhe um grande abraço.
Queremos que ele fique a saber que embora ele seja, evidentemente, parte do problema, o problema é muito maior que ele. O problema é o de um poder a que falta uma ideia de município, um poder sem futuro. E ele, ainda para mais no partido em que está inserido, sabe que não dispõe dos recursos necessários para inverter a decadência a que a CDU vetou o nosso município.

Por isso, querido Paulo, faças o bully que fizeres, nós perdoamos-te. Perdoamos-te pela incapacidade de fazer do Seixal um concelho seguro. Perdoamos-te pela incapacidade de fazer do Seixal um concelho com serviços públicos de qualidade na educação, na saúde e no setor social. Perdoamos-te pela incapacidade em encontrar soluções para a mobilidade no concelho, permitindo que os nossos munícipes passem a demorar efetivamente 30 minutos em deslocações, em vez de uma hora e meia.

Perdoamos-te pela incapacidade em gerar património cultural atrativo, que convide as pessoas a efetivamente visitá-lo e dar-lhe uso. Enfim, perdoamos-te por isto tudo, porque na realidade tu não tens de te sentir culpado, tens só de ceder o lugar a quem quer efetivamente servir a população, em vez de servir o seu partido. 

Um bem haja!

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