Alto do Moinho e novo espaço comercial - UOPG5

O desenvolvimento local e regional, tem como base as pessoas, mas pretende revitalizar os bairros, as ruas os lugares, através de eventos culturais, feiras e mercados, ao mesmo tempo que fortalece o conceito necessário da Economia Circular.

Esta sensibilização para com a população, através da circularidade econômica, poderá ser uma mais valia da evolução de zonas meio esquecidas, através da inserção de lógicas de troca de ideias, conceitos e produtos, atingindo um público alvo como empresas, particulares, associações ou instituições da região.

No Alto do Moinho, o executivo Municipal CDU juntamente já tem previsto o fim dessas mesmas mercearias de rua, que através da aprovação de mais uma grande superfície para a Sonae e com a rede logística junto às habitações, vai encerrar 3 espaços que existem há mais de 40 anos.

Lojas, mercearias e lugares de encontro de partilha e socialização pura que deixarão de ter viabilidade pelo confronto direto de preços com os magnatas do comércio.

De facto este novo espaço comercial de grande impacto na malha urbana, vai proporcionar a reabilitação do tráfego de circulação urbana entre Corroios, Alto do Moinho e Vale de Milhaços, que com as contrapartidas de obras em sintonia viária e de necessidade de novos fluxos de trânsito, permitirá a CMSEIXAL poupar Milhões de Euros.

A presença desta volumetria comercial a 900m de um Pingo Doce, a 1200m de um LIDL ou a 1800m de um ALDI, corresponde a uma fraca análise da malha urbana e de quem a habita, transformando uma zona pacata, de amizades familiares e de cúmplices vivências de vizinhos, numa zona de fluxo viário pesado, onde a zona de logística deste novo espaço comercial, entenda-se zonas de cargas e descargas, estará na fronteira direta e a 9m com as moradias unifamiliares, edifícios multifamiliares e de atividades de rua tradicionalmente conhecidas descansadas.

Reabilitar um pedaço do território sem falar com quem o habita e sem conhecer a sua envolvente humana e física é algo que não está no horizonte do PS SEIXAL e realizar propostas sem pensar na possível necessidade de alteração do comportamento dos habitantes ou na forma de vida e respetivas vivências sem o devido conhecimento, não é a forma digna de intervenção de uma Camara Municipal.

A população merece muito mais do que somente se negociar uma obra com promotores comerciais e vendedores de parcelas de terreno

Nuno Miguel Moreira
Vereador PS Seixal