O Executivo CDU resiste à aceitação de transferência de competências na área da saúde.
Contudo, esta resistência não causa surpresa, pois de igual forma, o executivo CDU protelou a aceitação de transferência de competências na área da educação e da ação social, alimentando por longos períodos o discurso da vitimização ao invés de se dedicar ao processo para a prossecução da medida.
A CDU critica severamente a administração central, mas quando é chamada a fazer parte da solução, assumindo a gestão direta baseada no princípio da subsidiariedade, da autonomia das autarquias locais numa lógica de equidade na distribuição dos recursos, isenta-se de responsabilidades.
Com a não assinatura do auto de transferência recusa autonomia para construir e assumir a manutenção e a conservação de unidades de prestação de cuidados de saúde primários, gerir e apoiar logisticamente a ACES, decidir sobre a contratação e gestão da carreira de assistentes operacionais, fazer parte da construção de programas estratégicos de prevenção da doença e promoção de estilos de vida saudáveis, entre muitas outras competências.
Também é sabido que, no domínio de política pública de saúde, são outros os entendimentos e as prioridades do executivo camarário que tenta iludir a população com o anúncio para as Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2024 de um investimento em saúde de cerca de 1,7 milhões de euros, sendo que 1,4 milhões de euros destinam-se ao funcionamento da Câmara para suportar os serviços de saúde ocupacional e regularização de dívida à ADSE.
Na verdade, este Executivo propõe para 2024, menos de 300 mil euros para projetos e obras significativas para melhorar o perfil do concelho em matéria de saúde, mas, continua a publicitar como investimento seu a construção ou reabilitação de equipamentos de saúde familiar cujas obras serão financiadas no âmbito PRR.
Fátima Carvalho
Membro da Assembleia Municipal
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